terça-feira, 24 de março de 2009

EISENSTEIN, VERMELHO E IMORAL.

ESTE POST É PARA FAZER JUSTIÇA COM QUEM INSPIROU O NOME DESTE HUMILDE BLOG.


Hoje em dia ser vermelho é fácil, é bonito.
Até o antigo PFL (imaginem vocês do partidão!) tem um nomezinho simpático: DEMOCRATAS. E o logo, você viu? É bonitinho: uma árvore. Sim uma árvore, numa alusão aos homônimos americanos. Onda verde, ecológica sabe? Hoje em dia arvorezinha verdinha, estrelinha e bandeira vermelhas são simpáticas. Mas houve um tempo, que se você não fosse russo nem chinês, e andava com camiseta do Che, a chapa esquentava para o seu lado (não é mesmo, pessoal da bancada peéfeélista?).

Eisenstein, cineasta dos primórdios, sujeito contrário ao que já era contrário.
Explico, era soviético e consagrado na união, fazia uma arte politizada condizente com a situação dos camaradas na época. Porém depois de discordâncias e desentendimentos com o partidão, foi dar uma volta ao mundo e parou no México. Que Viva México surgiu aí. Ah! Claro o “mundo” inclui passadinha em Hollywood. Imagina como era difícil para os camaradas de Moscou ver fotos do camarada Eisenstein abraçado e se divertindo com o amigo Chaplin, ou passeando pelas ruas yankees. Nada fácil!
E depois volta. Faz outro filme genial e se consagra definitivamente como um dos maiores artistas do século passado.
Definitivamente, é ser do contra com o que já é do contra.

Mas imoral, foi como ele nomeou sua autobiografia. Não, ele não destruía hotéis, não fazia orgias, nem transava com legumes. Imoral por ter tido uma vida sem moralidades, um camarada “amoral”.

Crédito dado, ufa! Em paz com o camarada...

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