terça-feira, 6 de janeiro de 2009

FREE, FREE MIKE TYSON, FREE. O MARGINAL E IMORAL DO MÊS.



Sabe como é natal... A gente bebe, encontra os familiares... Lembra de coisas... Fala mal dos outros... Come peru... Bebe sangria... Bebe cerveja, prosecco... Etc.
Meu irmão, que tem memória afiada (tanto RAM quanto HD), de maneira nostálgica nos lembrou de Mike Tyson e suas lutas minúsculas, que duravam poucos segundos. Esperávamos ansiosos por suas lutas, uma expectativa de semanas, que com meia dúzia de catiripapos, tudo acabava.

A “noite feliz” seguiu, e como eu estava alternando sangria com cerveja, me bateu uma melancolia (ou pileque, como quiser).
Enquanto tocava a musiquinha de harpa, numa interpretação esplendorosa de “Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel” pensei:
“Pô, ninguém vai brindar o Mike Tyson?”

MIKE TYSON, O MARGINAL E IMORAL DE JANEIRO.

Resolvi reverenciá-lo. E todo mês nomearei um autêntico “marginal e imoral”. Lembrando que isto não é nenhuma apologia ao crime. Não, nada disso. Quando falo marginal, falo do que está à margem, do que não está em evidencia ou é óbvio. E imoral, por não ter moral de história nenhuma. Amoral... Simplesmente. (espero não ter de explicar isto de novo!)

Em 2005, depois de meter a mão num cinegrafista numa boate aqui em São Paulo, Tyson concedeu uma entrevista à Folha de São Paulo, que considero incrível. Uma entrevista que talvez nem o próprio jornal tenha dado tamanha importância.
Mas como pugilista que é, estabeleceu estratégia: se esquivou, golpeou, estudou o adversário (o jornalista Eduardo Ohata), e estabeleceu o jogo. Falou da prisão, período de masturbação e leitura. Falou de astrologia, é canceriano como eu. Falou de Filhos. Imperador japonês. Homossexualismo. E lógico, bordoadas, porradas e surras.
Mas no final, nocauteado, chorou.
Com os olhos vermelhos olhou para o adversário e disse: “... E se você disser algo disso para alguém, mato você da próxima vez que o encontrar.”

Tyson, prostrado... À margem... Que no final, chora...

Segue a entrevista na íntegra:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u95350.shtml

Um comentário:

pipino disse...

Hermanito, sabe q as vezes uma expressão sua vale mais ( pelo menos pra mim )q o texto todo.ex: "... uma dúzia de catiripapos...". Ñ tenho a menor idéia d onde eu escutei esse termo pela última vez, mas tenho a certeza d q a pessoa q soltou a pérola tinha mais d 70 anos.
obs. era exatamente assim, esperávamos semanas pra tudo ser definido em segundos.Mas era exatamente isso q eu queria ver...um "atropelo".abraço hermano.